sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Creio em mortos vivos

Crepúsculo.
Levantou-se da cama.
Duvidou do ocorrido.
Buscou a flor da despedida.
Seca, entre memórias e retratos.
Correu aos girassóis do jardim encantado.
Caiu três passos e meio antes do destino.
Derrubou a primeira flor.
Subiu aos céus.
Passou a crer em ressurreição.

Horas antes.
Sentada, à esquerda.
Em oração, pediu para salvar-se.
Deitou a dormir.
Reconheceu o falecido.
Anjo vivo, com a flor.
Seguiram à altura, derradeira.
Póstuma lua-de-mel.
Ela, Hosana. Ele, eterno.

2 comentários:

luapnauj disse...

eu nao creio nao...

bel. disse...

que lindo isso...
amei!