sábado, 10 de julho de 2010

Popó: “Quero ser campeão de votos”

Por Luciana Marques

Aposentado, o ex-boxeador Acelino Freitas, o Popó, quer um novo cargo. E, desta vez, longe dos ringues. Inspirado no vice-presidente, José Alencar, ele vai disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo PRB na Bahia. Até 2008, ele havia estudado somente até a quarta série do primário. Hoje, com 31 anos, cursa o segundo semestre de direito. Não tem projetos, mas já sabe o que quer: “Ser campeão também de votos”.


Por que decidiu se candidatar?

Eu sempre gostei da política. Eu cheguei a ser, em 1997, secretário de esporte, só que eu não pude fazer aquilo que eu gostaria de fazer, que era o esporte como inclusão social. Então, eu me decepcionei muito com aquela área que eu trabalhei. Eu poderia fazer mais, eu tenho projeto social. Eu sei o que é tirar garotos de rua. Eu sei o que é tirar um garoto que está roubando a mão armada. Eu sei o que é tirar garoto traficando no bairro e regenerar esse garoto através do esporte.

Já elaborou projetos?

Ainda não. Vou parar, pensar, fazer, escrever e digitalizar tudo direitinho meus pensamentos, minhas propostas. Eu sou uma pessoa que, no âmbito da educação, eu estudei pouco, estudei até a quarta série do primário até dois anos atrás. Aí fiz supletivo para ensino médio, ensino fundamental, recuperei essa área minha. Fiz vestibular, passei em direito e agora estou no segundo semestre.


Como pretende fazer a campanha?

No corpo a corpo, batendo de porta em porta, não posso prometer nada, porque ainda não tenho nada para prometer. É falar que me deem um voto de confiança, como muitas vezes me deram um voto de confiança me assistindo nas lutas, torcendo, vibrando. Na política, eu não vou entrar para sobreviver. Eu vivo muito bem. Mudar a cara, todo o ano são os mesmos, as caras são as mesmas, os discursos são os mesmos. Tentar fazer algo diferente nesse país.

Você se inspirou em algum político para se candidatar?

Tem uma pessoa que é referência muito grande para mim como ser humano, como uma pessoa batalhadora pela vida, que é o José Alencar. Só em saber que ele é um vice-presidente da república e saber que a luta dele pela vida é tão significativa para gente. A gente não dá valor a muitas coisas e através do testemunho dele a gente pode dar valor à vida. Ele está lá sendo perseverante, sendo encorajado cada dia mais.

Acredita que puxará votos para o PTB?

A minha idéia é ser campeão também de votos ajudando meu partido.

Kiko será candidato, mas sem abandonar KLB

Por Luciana Marques

Com mais de dez anos de carreira, o cantor Kiko do KLB está em uma nova fase. Quer dar “um passo a mais como homem”. Depois de trabalhar há mais de dois anos como voluntário da CPI da Pedofilia, entusiasmou-se com a política. E vai ser candidato a deputado federal pelo DEM em São Paulo. Aos 31 anos, quer defender os valores familiares, sem abandonar o grupo que formou com os dois irmãos.

Quem o incentivou a se candidatar?

O incentivo foi meu por ter essa vontade de fazer algo a mais. É difícil você ter 31 anos de idade e de repente você ter uma nação inteira que abraçou você e sua família e tudo o que te deu na vida. Tem uma hora que você cansa, que você enche o saco. Em que mundo estou vivendo? Para que está servindo? A música é fantástica, traz entretenimento, mas não é tudo. Chega um ponto que você quer dar um passo a mais como homem.

Por que decidiu se candidatar?

Política é uma coisa que a gente faz todos os dias. Todos nós. Política é um exercício de cidadania, principalmente para o artista, que esta no palco, lida com o público, essa coisa toda. Sempre fiz projetos de conscientização e de “N” coisas a mais. Há dois anos e meio eu estou na CPI da Pedofilia e a gente tem viajado o Brasil inteiro.

Você é voluntário da CPI?

Eu sou o voluntário que acho que tenho mais horas de CPI do que muita gente que está lá dentro. Eu não posso ter um cargo oficial, porque não tenho cargo público, não sou deputado, não sou senador, não sou vereador, não sou nada.

Qual bandeira vai defender?

Na verdade a minha bandeira é a família. O KLB sempre teve essa imagem da família e sempre vou defender porque a família é a instituição mais sagrada que a gente pode ter. Hoje os dois itens que mais destroem a família é a pedofilia e são as drogas, são dois itens que eu sempre combati independente da vida pública política. Eu resolvi dar esse passo a mais para que eu tenha a mesma oportunidade que eu sempre tive de falar, de combater, porém com a diferença de ter o poder, se assim for da vontade de Deus e do povo que vai fazer a votação.

O que você acha de famosos se candidatarem?

Eu tenho até medo de algumas celebridades que vão se candidatar, para ser honesto. É cada nome que me assusta! Por que esse povo não fica em casa, fazendo show? O pior é que você se candidatar nessas condições, você é colocado na vala comum, assim como eles falam que todo político é sem vergonha, sendo que meia dúzia são. Você entra no bonde dos outros. Tem muito aventureiro e os aventureiros são os que me preocupam, porque aquilo lá não é brincadeira.

Vai deixar o KLB?

O KLB é intocável, vai continuar da mesma maneira. Eu não vou abandonar o KLB para entrar na vida pública. Eu vou ter que me disponibilizar em dois momentos, para me “dividir” e somar ao KLB à vida pública.

Mulher Melão trocará de roupa para fazer campanha

Por Luciana Marques

Renata Frisson, a Mulher Melão, vai trocar o short pela bermuda. Ela quer uma aparência mais séria, sem deixar de ser sexy. Tudo para conquistas os eleitores. Aos 23 anos, Melão procurou o PHS para concorrer como deputada estadual no Rio de Janeiro. Ela diz que entrará na disputa de “coração aberto”.

Por que decidiu se candidatar?

Comecei a visitar várias comunidades carentes e eu peguei um carinho muito grande por esse povo que morava ali. E eles são muito carentes realmente e se apegavam muito a mim como celebridade. Eu ajudava, dava carinho, ajudava uma família, mas eu não podia ajudar todo o mundo. Então, para poder ajudar todo o mundo, eu realmente tinha que ter um poder na mão para poder fazer um trabalho direito, um trabalho digno. Então veio a ideia por que não entrar no governo, já que as pessoas precisam de um representante que ame realmente a comunidade, que ame realmente o povo como eu amo para poder defender os seus interesses.

Vai mudar seu guarda roupa?

Com certeza, a gente tem que dar uma mudada. Não uma mudança muito radical, porque o público me conheceu assim, como o público gosta de mim. Mas claro que eu vou ter que dar uma maneirada, mas não totalmente porque o público se identifica comigo desse jeito, gosta de mim dessa maneira. Eu posso dar uma aumentadinha no short, uma bermuda, no caso, para campanha. Quando eu for eleita, se Deus quiser, vou ter que ter realmente outro tipo de visual dentro da Assembléia. Mas vou continuar sendo a mesma pessoa, mas com certeza vou ter que mudar um pouco o visual, sim, isso é inevitável. Vou ter que aperfeiçoar meu visual, que seja mais sério, mas não perdendo o que eu gosto realmente que é uma roupa mais sexy. Tem que ser mulher, mas de uma maneira mais discreta.

Tem medo de ser estigmatizada?

Não, já estou sofrendo algum tipo de preconceito, mas não é do meu povo. Meu povo está me aceitando, o povo da comunidade está adorando, está me apoiando. Ando nas ruas e as pessoas falam que estão torcendo por mim, então isso me dá cada vez mais força. Precisa de pessoas novas, de idéias novas, que gostam de estar ali no meio, de se envolver. Eu acho que vai ser uma experiência super bacana na minha vida.

Os homens serão seus principais eleitores?

Olha, vou te falar. Como o nível de aceitação da mulher é mais difícil, mas não é impossível, eu vou focar um trabalho em cima das mulheres, mostrando que elas podem confiar em mim, que eu não estou nessa para me mostrar. Estou nessa para fazer um trabalho sério. Então, sempre, primeiro conquistando as mulheres para depois conquistar o público masculino. Claro que eu conquistei eles também, eles gostam da ideia, muitos falam que acreditam em mim, mas eu sempre foco em conquistar primeiro as mulheres.

Quais projetos pretende apresentar?

Eu pretendo trabalhar em cima da comunidade, o que eles estão mais necessitando na área de saúde, estou pensando em montar um posto de atendimento 24 horas na comunidade. Penso também em defender não ao preconceito, contra a homofobia. Realmente hoje em dia a gente tem muitas pessoas que julgam as outras pelo seu sexo, também é uma causa que eu estou pegando para mim com toda sinceridade. Todo o mundo vai envelhecer um dia e hoje a sociedade está abandonada, então eles precisam de um carinho especial. São vários projetos que eu tenho lutado, do primeiro emprego, que os jovens têm que ser olhados com carinho. São vários projetos que eu estou fazendo com a minha equipe, sempre pensando na comunidade, pensando no preconceito e pensando na população em geral.

Os textos ainda não estão prontos?

Estou preparando, estou me preparando também, que isso é uma coisa que tem que ser levada a sério, que tem que fazer um trabalho bonito, bem feito, uma coisa que seja bacana.

Foi você que procurou o PHS?

Foi, foi sim. O partido me recebeu super bem, me acolheu, me deu apoio. E eu estou gostando, sabe, estou pegando gosto de poder fazer política, de poder ter as pessoas confiando em mim, me dando realmente uma credibilidade. Então, o público, o meu público aceitou super bem. Claro que existem as críticas, existe a oposição, mas isso é inevitável, né? A gente em que estar sempre forte para poder passar por cima de qualquer crítica, porque eu sei o que eu realmente quero e eu sei que eu estou nessa de coração aberto que é realmente para ajudar a população.